Se estivéssemos falando de nossas melhores virtudes, obras, legados, filhos, trabalhos e memórias, teríamos certeza de quanto lixo e resíduos produzimos para constituí-los?
A nossa bela e confortável vida, individual e coletiva estabeleceu os maiores padrões de consumo e a conseqüente degradação do meio ambiente em todas as eras biológicas conhecidas.
Ainda que o próprio planeta tenha seus ciclos geológico-climáticos, e alocado dentro de um universo maior, que as vezes provoca cataclismos capazes de alterar a normalidade ambiental de então, temos hoje no modelo econômico vigente uma forma de alteração de padrões ambientais jamais provocada por uma única espécie de ser vivo. Um tipo de cataclismo silencioso.
Tudo o que cada um de nós produz hoje, incrementa, mais ou menos, o processo geral de degradação global, acima dos níveis de recomposição natural dos sistemas.
Mas e daí, nos perguntamos? Como saber onde exatamente as minhas decisões de produção e consumo podem impactar o ambiente e como poderia minimizar isto a níveis aceitáveis?
Certamente a resposta se inicia em nós mesmos!!!.
O quão educado e preparado para mudar meus padrões e hábitos de consumo eu estaria, independentemente do que viesse a ser?
Deixaria meu carro na garagem mais vezes ao longo da semana e até escolheria um, exatamente pelo critério de consumo de combustível?
Faria uma coleta mais seletiva do lixo que produzo por onde passo?
Escolheria mudar os produtos que consumo em minha alimentação, higiene e bem estar?
E faria mais?
Controlaria rigorosamente a quantidade de água que consumo?
Controlaria rigorosamente a quantidade de resíduos que produzo?
E me comprometeria em repassar uma pedagogia ambiental a todos quantos pudesse, coletivizando a responsabilidade pela busca do equilíbrio?
Como na verdade cada um de nós é um ser livre, somente o senso crítico e o conhecimento podem nos ajudar a intuir e compreender os limites de nossa responsabilidade.
Mas especialmente, não estamos e nem vivemos sós, e o peso da liberdade é o peso dos resíduos e da deterioração ambiental. Muitas vezes o peso é justamente a falta do que pesar. Quando a água acaba, quando o alimento escasseia, quando o tecido social se deteriora. Nada mais resta.
De tudo isto, o certo é que devemos pensar em geral, mas agir no local, e se a cidade é nossa casa, mãos a obra, temos muito por aprender e mais ainda por fazer.
Busquemos descobrir quantas pegadas deixamos no planeta enquanto passamos por onde pisamos. Mas sejamos prudentes e iniciemos em casa processos de melhoria do consumo e destinação de resíduos. É obrigação de cada um.
Assim como nossa liberdade, os resíduos que produzimos não nos abandonam, ainda que levados para longe. Mas os resíduos que retornam como poluição, acabam imediatamente com nossa liberdade. E nós, somos livres para cuidar de nosso lixo!!!!!!!!!!!!?
*Calcule a sua pegada ambiental e supreenda-se!!!
(www.ufbaecologica.ufba.br/arquivos/questionario_pegada_ambiental_Final.pdf -)
*Texto produzido à propósito da palestra do Dr. Uwe Spanger -“As empresas no caminho para a sustentabilidade. Instrumentos praticados para gerar produtos ambientalmente mais corretos." (uspanger@terra.com.br), na Câmara de Comércio Brasil-Alemanha em 20/08/08.
Publicado originalmente no site de campanha do Vereador Omar Sabbag Filho (empossado em 01/01/09)
Fábio André Chedid Silvestre
NMC - Núcleo de Mídia e Conhecimento
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