quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

A Valorização do Patrimônio Histórico






As raízes preservadas de uma nação, tornam-se os pilares de seu futuro.


Assim, os ativos econômicos que compõe a riqueza mensurável também contam com os efeitos construtivos decorrentes da cultura, turismo e da própria história, tudo bem representado pelo Patrimônio Histórico.


No Brasil, inicia-se um bem estruturado trabalho de levantamento, catalogação, preservação e promoção dos acrvos materiais e imateriais componentes do Patrimônio Histórico, Municipal, Estadual e Federal.


Alguns exemplos no Paraná, como a Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres, na Ilha do Mel, já contam com a proteção jurídica e material do Estado e do IPHAN, permitindo um uso sustentável do bem tombado, valorizando o destino turistico-cultural em que se insere.

Nesta mesma linha vários outros bens de valor patrimonial histórico e museológico deverão ser incorporados aos diversos níveis do patrimonio nacional, um deles especialmente valioso é a Casa da Memória de Carambeí, que detém acervos da história da colonização holandesa nos Campos Gerais, e que servirá de base infra-estrutural para o Parque Histórico de Carambeí , bem como para a comemoração dos cem anos da imigração holandesa na região.

Estes movimentos de valorização do patrimonio material e imaterial, caldados nas interações étnicas fazem do Brasil um celeiro de riquezas culturais infinitas.

Fábio André Chedid Silvestre

NMC - Núcleo de Mídia e Conhecimento











sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

COMUNICAR É MAIS QUE DIVULGAR.



Analisando alguns cases em que estamos trabalhando, frequentemente econtramos observações a cerca dos processos de formação de conhecimento de terceiros sobre o que estamos fazendo.
Muitas das vezes, há uma clara confusão entre assessoria de imprensa (divulgar) e assessoria de comunicação (comunicar).

A primeira de visão mais pragmática e objetiva e a outra de visão mais planificante e contenedora da primeira.

Daí, lendo o excelente texto "Redes digitais e movimentos sociais: perspectivas", de autoria de Maria Luiza Martins de Mendonça, no Observatório da CiberSociedad, encontramos um momento escrito, onde se percebe clara a preocupação sobre a diferença entre COMUNICAÇÃO e DIVULGAÇÃO, assim expresso:

"Em relação à Internet, em geral utilizam-se apenas os recursos mais simples, sem um projeto específico que preveja a exploração eficiente das potencialidades dos espaços virtuais. Mesmo um simples mailing atualizado e devidamente segmentado é difícil de ser encontrado. A construção de sites parece ser compreendida como um importante recurso para atingir públicos diferenciados, mas sua atualização, a conexão com similares e as possibilidades de interação efetiva são pouco empregadas. Rede, nesse caso, refere-se mais à noção de fluxos de informação ou existência de conteúdos disponíveis do que propriamente de uma rede de comunicação em que a possibilidade de interatividade seja um fato concreto e conduza à construção de saberes e ao compartilhamento de objetivos."

O foco da questão encontra-se justamente na perenidade em que se pretende construir o relacionamento com o outro, seja a imprensa, seja uma bem extensa e mapeada rede de stakeholders, a serem atendidos por ações de Terceiro Setor.

A questão pontual encontra-se no fato da formação de uma rede de conhecimento ou numa simples ação de reconhecimento. No primeiro caso é necessário um amplo processo de comunicação participativa, no segundo caso talvez uma simples nota divulgada em veículos de penetração passiva, seja suficiente.

A comunicação é, no Terceiro Setor, uma das mais importantes ferramentas de formação de ativos, pois a dependência da adesão voluntária e do reconhecimento de valores supera a simples oferta capitalista remunerável de produtos indistintos.

Como bem lembrado, COMUNICAR é mais do que DIVULGAR.
Fábio André Chedid Silvestre
NMC - Núcleo de Mídia e Conhecimento






segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Territórios Digitais a Próxima Fronteira


Com o processo de globalização física do ser humano exaurido de espaço físico e geográfico, algumas novas medidas devem ser adotadas para aproveitamento do espaço mundo geral conhecido.
Mas não estamos mais contingenciados ao espaço mundo físico exterior para uma exploração mais consistente e consciente das capacidades do homem e do meio ambiente. Todos já entendem o Ciberespaço.
Desde o início do uso de computadores nos processos de interação humano, nossa perspectiva de processabilidade mental produziu uma “gap” tão espetacular, como aquele que deve ter ocorrido aos primatas das savanas africanas, que eretos redimensionaram as estruturas de massas cranianas, e que hoje constituem o nosso equipamento evolucionário competitivo mais importante, o cérebro.
Com a processabilidade intelectual de suporte, provida por um “cérebro eletrônico”, o computador, nosso coeficiente de inteligência expandiu-se a níveis ainda desconhecidos.
Outra questão central é que o cérebro não se conforta em ser estrutura apenas, é também consciência criativa, uma coisa que podemos denominar de “mente”, uma inteligência dotada de vontade intelectual.
Assim, com estrutura (cérebro) e função (mente), o homem partiu a uma nova escala, e produziu nosso diferencial competitivo, o processo comunicacional da espécie. Não vivemos sós!
A interação sócio-relacional fundamentou o processo de imaginação e ferramentação que deram suporte à grande jornada colonizadora humana, e que agora com uma infra-estrutura computacional-energética e uma rede de conhecimentos interativos, molda um processo comunicacional cooperativo e anárquico, num verdadeiro Território Digital.
Ao que sugere uma visão generalista, ao menos três questões podem ser postas como pressuposto de operacionalidade deste modelo cibernético de ação humana colaborativa, quais sejam:
a) Tecnologia de Suporte com ampla capacidade de disponibilidade;
b) Virtualidade como não lugar de coexistência cibernética.
c) Processo de comunicacionalidade em rede como plano ético de relacionamento humano;
Por último, mas não menos importante é a formatação de um modelo de governança (governo, governabilidade e participação coletiva), capaz de articular os valores mentais e coordenar as capacidades éticas da sociedade para seu auto-governo, o que neste momento induz ao Governo Eletrônico como canal de atuação pública, já que a sociedade hoje redunda numa gestão de Estado.
Com uma gestão de informação pública permeada através de sistemas inteligentes, a governança virtual das demandas permite mais controle do conhecimento e transparência, sem contar que pode ser ativada em tempo real.
Alguns modelos de gestão integrada através de sistemas computacionais permitem a reprodução da realidade através de camadas de conhecimentos superpostos de forma múltipla, representados num processo de hipermídia, capaz de suportar decisões de gestão coletiva.
Estamos numa era de oportunidades do aproveitamento computacional, e que devem ser direcionados à sustentabilidade da gestão do mundo físico com ampla participatividade dos atores envolvidos.



Fábio André Chedid Silvestre



NMC - Núcleo de Mídia e Conhecimento