terça-feira, 20 de maio de 2014

À Beira do Abismo.



Um trem na beira do tempo!

Um dia de passeio, um dia de carga, um dia de luto.Um dia de luta.

No Paraná da Mata Atlântica, aos pés do Marumby, na borda da Serra do Mar.


Entre viadutos e pontes impossíveis,túneis milagrosos,floresta calorosa.

Memória cívica da barbárie que ainda graça nesta República.

Um dia de reflexão à cerca do Paraná que pretendemos no Brasil que recebemos.

Em 1894, há exatos 120 anos, na beira do abismo, no Km 65 da Ferrovia Curitiba - Paranaguá, eram executados cruelmente Ildefonso Pereira Corrêa, o Barão do Serro Azul, junto com cinco companheiros, presos chacinados, como outros milhares naqueles dias, "à mando de Floriano Peixoto". O Paraná tinha então 50 anos.

No tumultuoso período da proclamação da república, no final do século XIX, as garantias individuais desapareceram, e a ordem pública foi se desenvolvendo com violência e desordem.

Desde o início de sua existência a república tem sido autoritária com períodos ditatoriais sucessivos (como queriam os Positivistas, da Ordem e Progresso, uma ditadura republicana).

Assim,as diretrizes revolucionárias de Deodoro decididas pelo grupo da proclamação, na noite de 15 de novembro de 1889, determinava um referendo popular, para que o povo brasileiro decidisse, por meio do voto, a república. Mas esse plebiscito só ocorreria 104 anos depois, determinado pelo artigo 2. do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal de 1988.




O Brasil começou agora!

Naturalmente vivemos uma nova forma de ditadura republicana, o presidencialismo de coalizão atual que, ou gera marionetes, como um Collor ou gera populistas como um Lula (mas não foram só eles!).

Em ambos os casos a formula de dominação nacional é o executivo subjulgar (comprar) o legislativo e montar (nomear) o judiciário.

Agora aos 160 anos, cabe ao Paraná posicionar-se na república de forma impetuosa, carregando os valores que desenvolve e exigindo a produtividade dos demais entes federados.

Estamos satisfeitos com as cotas republicanas atuais? Deveríamos nos acomodar?

O pacto republicano deve ser constantemente revisado!

O Barão do Serro Azul é um exemplo de luta cívica, vítima da República, Herói da Pátria. Um Paranaense para mobilizar paranaenses! Antes que novamente sejamos jogados no ABISMO.



Fábio André Chedid Silvestre
NMConhecimento