quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Que Mundo Acabou ?!?!



Já foi o Natal e o famoso dia 21 de dezembro de 2012 não trouxe um fim do mundo aparente!

Será que o mundo acabou e não vimos?

Será que ele está acabando?

Será que é só o começo e uma grande ruptura ocorrerá ?

O fim do mundo é uma data, um horário, uma rachadura, uma micro-explosão, uma alteração ambiental agora imperceptível, uma mudança de comportamento ?

Algum povo antigo poderia prever o fim do mundo, algum atual pode?

Existe um único mundo para acabar? Mundo quer dizer o que mesmo?



Utilizando a Wikipédia, MUNDO tem as seguintes conotações:


"Mundo é um termo utilizado em diversos contextos como sinônimo para o planeta Terra ou mesmo para quaisquer outros corpos celestes assemelhados aos planetas, especialmente os rochosos. O termo carrega consigo ainda um ponto de vista humano, como um lugar que é ou que poderia ser habitado por seres humanos. Frequentemente é usado para querer dizer a soma de experiência humana na história, ou a 'condição humana' em geral. Especialmente num contexto metafísico, também pode referir a tudo que compõe a realidade, o universo."


Ao que parece dois sentidos maiores podem ser atribuídos à expressão MUNDO, e justamente aqueles que decorreram da grande jornada intelectual humana em segmentar aquilo que é material (físico) e o que é imaterial (imaginário), coisa que só em nossa espécie ocorre tão profundamente !!!!

Da intuição do BIG BANG ao código binário computacional quanto existe de material e imaterial?



Se pudéssemos (e podemos?), como seres racionais (?) iniciar um grande movimento imaterial para alterar nossso comportamento de consumo (planejando excelência sobre obsolescência !?), o mundo material (ao menos o que nos cerca!), seria possível vivermos uma grande era humana, medindo nossa PEGADA AMBIENTAL, destruindo o MUNDO de devastação indiscriminada do Planeta Terra, instalado pelo nosso imaginário captalista?

Economia poderia ser a nova "religião científica" da humanidade, ao invés do presente dogma monetário antiplanetário?




Antes que o SENHOR altere a entropia de forma a nos excluir da CRIAÇÃO, cabe a nós acabar com MUNDOS arcaicos e egoístas e tratar do presente contínuo como uma dádiva em movimento !

O fim do MUNDO é o Gênesis!

NÓS, como espécie vivente podemos mudar o MUNDO agora!!!


FELIZ ANO NOVO !!!???




Fábio André Chedid Silvestre
NMConhecimento



sábado, 29 de setembro de 2012

CAVALOS E MOINHOS............


Num destes dias simbólicos de nossa vida, presenciei uma das várias celebrações do centenário do CENTRO DE LETRASDO PARANÁ, em 2012.

Alí, numa noite festiva, as letras brasileiras pulavam em festa. O vento dos tempos se beneficiava de vida. Um aniversário. Renascimento diário. Sobrevivência.


Convidado para prestigiar o espírito das letras, o imortal da Academia Brasileira de Letras, CARLOS NEJAR.

Recitou o poderoso “O campeador com as rédeas do tempo”. (minuto 6’04”)


Fez-me pensar na dimensão do Patrimônio Cultural. Cavalos e Moinhos.



No Paraná deste centenário, todas as suas facetas estão em movimento.




CAVALOS e MOINHOS.........

                     TROPEIRISMO e IMIGRAÇÃO HOLANDESA.    
     
Os séculos XVIII, IXX, XX e XXI. TEMPO.




Em Castro, Fazenda CAPÃO ALTO e o  MOINHO DE CASTROLANDA.



Em Carambeí, Fazenda CARAMBEÍ e PARQUE HISTÓRICO DE CARAMBEÍ.






O Paraná dos CAVALOS e dos MOINHOS. O Paraná do TEMPO.




Parabéns CENTRO DE LETRAS DO PARANÁ !!!!


Fabio André Chedid Silvestre
NMConhecimento

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O DIA DA MENTIRA - 11 DE SETEMBRO




Quando era criança havia uma brincadeira saudável sobre um dia ser dedicado à mentira.
Todo "primeiro de abril" buscávamos iludir um incauto com uma pegadinha ou artimanha, e na dos outros não cair.
Ríamos disto depois.
Contudo em "onze de setembro" de 2001 as coisas mudaram, mudando também o dia da mentira para uma nova data, e um novo patamar de ilusão desinformativa.
Quando os dois aviões foram jogados contra os prédios ninguém mais pôde alegar inocência. O nosso belo mundo capitalista havia cobrado dos espectadores a maior audiência de um merchandising ideológico jamais imaginado. Nós e Eles. Uma guerra inteira sem inimigos.
Simples e objetivo! Mas as lágrimas, a poeira e a incerteza jamais cessarão.
Dos diversos interessados naquela espetaculação da dúvida, os Republicanos/Bush saíram ilesos; os Democratas/Obama assumiram o poder com nova cor mas o mesmo "core"; os Capitalistas de Wall Street quebraram e não pagaram; os petroleiros árabes Bin Ladens enriqueceram (e um deles, o famoso Obama morreu????).
A área do World Trade Center está sendo reconstruída, assim também a área da Al Qaeda. Em breve ambos estarão à venda novamente. Novos clientes, novos propósitos, novos espetáculos.

Se uma imagem fala mais que mil palavras, esconde um milhão de segredos !!!!!!!!!!!!!!



FELIZ DIA DA MENTIRA !!!!!!

Fábio André Chedid Silvestre
NM Conhecimento





sexta-feira, 31 de agosto de 2012

PARANÁ, minha pátria do coração!!!


                                              (Thodoro de Bona - Instalação da Província)


Ainda que sejamos tímidos, sejamos corajosos e cientes de nosso valor.
O Paraná tem servido ao Brasil desde antes de sua emancipação, com suas terras férteis e sua gente mesclada.
Nosso nome vem do Rio Paraná, e água doce é riqueza que muito possuímos, na superfície e no subsolo.
A maior usina hidroelétrica do mundo é vizinha da maior catarata do mundo, nos confins do oeste.
No leste a maior reserva de mata atlântica ainda preservada encontra o oceano no interior da baia que adentra o território brasileiro mais fundo, a bela Antonina.
Do sul ao norte um celeiro agroindustrial imbatível.
De Quinta Comarca do Império em 1853 à quinta economia em 2012.
Neste fim de agosto nossa emancipação é celebrada (29/08/1853 - promulgação da Lei Imperial 704), e reafirmada em dezembro (19/12/1853 - posse e instalação sob o Presidente Zacarias de Góes e Vasconcelos).
Se o Brasil é meu país, o Paraná e minha casa.
Do Litoral. Primeiro Planalto. Segundo Planalto. Terceiro Planalto - de volta ao Rio Paraná.
Terra de todas as gentes, recebeu o imigrante e lhe deu destino.
Nesta república desigual lutemos por nossa pátria do coração, nosso direito de sermos brasileiros é nosso privilégio de sermos paranaenses.

Viva o PARANÁ !!!!

Fábio André Chedid Silvestre
NMConhecimento


terça-feira, 14 de agosto de 2012

SER PAI ....



A quantidade de papéis que desempenhamos dia a dia as vezes é sufocante, e nos leva ao limite de cada um deles.
Quando percebi era domingo de manhã, o dia dos pais.
Neste dia minha filha estava muito longe, mas nunca distante.
Jé é uma mocinha e cresce, cresce e se torna cada vez mais autônoma em sua meninice adolescente.
Fico pensando em como é difícil manter íntegros os laços de afetividade, sustento e moral, nestes tempos de rudeza ética e materialismo sem esperança.
Nem sei se consegui dizer como a amo, e como é a pessoa mais importante que DEUS colocou na vida, para meu entendimento pessoal.
As vezes lamento os desencontros que nos separam mas sei que separados não estamos.
A distância é uma prova de fogo, mas o amor é maná de esperança!!
Em breve estaremos juntos novamente no dia a dia da vida.
Minha FILHA PIETRA obrigado por me permitir ser seu PAI.


Fábio Chedid 
NMConhecimento

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Festa Junina




Uma das manifestações festivas mais caras em minha lembrança são as Festas Juninas.

Neste Paraná gelado, de quentão e pinhão, muitas fogueiras já vi queimar.




Em 23 de junho de 2012 estava assistindo ao Concurso de Quadrilhas Juninas do Parque Histórico de Carambeí junto com minha família e amigos.

Foi uma tarde bem aconchegante.



A mistura de pessoas é algo maravilhoso. Crianças, jovens e adultos. Famílias.

O Parque Histórico de Carambeí é um lugar especial e que permitirá muitas festividades comunitárias.

Viva São João...........!!!!!! 

Fábio André Chedid Silvestre
NM Conhecimento

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Velas ao Vento.....



No desenvolvimento de projetos, seguir o planejamento e atingir as metas deve ser prioridade.

Partindo do estado da arte, ainda que muito possa ser considerado, é necessário selecionar para cada etapa as atividades que lhe são próprias, observando-se o todo, mas realizando o elemento atual.

Com a chegada do segundo semestre, cada ano tem seu ponto de ciclo, onde metade de seu tempo convencionado passou, e um exato meio ciclo inicia-se.

O que foi planejado. O que foi realizado. O que falta fazer. A que distância estamos das metas pretendidas...



Nesta altura do ano, onde o barco já esta navegando com força total, precisamos utilizar a sensibilidade (para sentir os ventos), o foco (para seguir a rota traçada), a fé (para atingir o ponto desejado).

Quem se preparou para uma jornada completa não ficará feliz com meia viagem, meia pataca, ou meia bobagem.... É chegar ou chegar!!!!!

Que DEUS ilumine o caminho e controle a entropia, pois ao homem cabe seguir seus planos e buscar suas metas!!!!!

VELAS AO VENTO......!!!!!!!!!!!!!!.................

Fábio André Chedid Silvestre
NMConhecimento

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A primavera no outono...um traço de globalização.



Vivenciar as expressões culturais que nos desenham como brasileiros é a maior riqueza deste tempo presente.

Desde as manifestações arcaicas resultantes da miscigenação original do índio com o branco, depois mestiçados com o negro, um forte desenho nacional vem se constituindo nesta "terra brasilis"

A partir do século XIX, com a concentração imigratória, traço marcante das políticas de adensamento do Brasil pós-colonial, recebeu-se uma onda ininterrupta principalmente de europeus e depois asiáticos, que formataram a atual face cultural do país.

Foi deste caldo, que no dia primeiro de maio, os Suábios do Danúbio, etnia imigrante nos idos de 1951, colonizadora de Entre Rios, distrito de Guarapuava no Paraná, celebrou a "Maibaum Fest", uma tradição eslavo-germânica que remonta a vários séculos nas terras do centro-norte europeu. 

Dentre as várias explicações, a mais aceita remete ao processo de florescimento das plantas propiciado pela entrada da primavera, no hemisfério norte. 

Contudo, ao imigrarem para o Brasil, no hemisfério sul, encontramo-nos em pleno outono, indo em direção ao inverno.

Mesmo assim, a inversão dos hemisférios não afeta o sentido pulsante das tradições do trabalho, religiosidade e sociabilidades locais, onde tudo se renova, refundindo-se numa mensagem que agora é transmitida para os conterrâneos brasileiros.

Compartilhemos as imagens que tanto falam




Viva a Árvore de Maio!!!!!




Fábio André Chedid Silvstre
NM Conhecimento

segunda-feira, 23 de abril de 2012

O desenvolvimento de museus como ferramenta contemporânea de comunicação corporativa.



Desde o início deste século (2001), consolidando uma jornada de mais de trezentos anos deste segmento do saber, o ICOM (Internacional Council of Museums), vem definindo museu como "uma instituição permanente, sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público e que adquire, conserva, investiga, difunde e expõe os testemunhos materiais do homem e de seu entorno, para educação e deleite da sociedade".

Nesta mesma linha, o Brasil estabeleceu uma base normative que se encaminha para a consolidação do setor, como iniciativa geral da sociedade bem como tarefa do poder publico.

Como se vê neste corte básico: Lei n.11.904, de 14 de janeiro de 2009.

- Institui o Estatuto de Museus e dá outras providências.
- Art. 1o Consideram-se museus, para os efeitos desta Lei, as instituições sem fins lucrativos que conservam, investigam, comunicam, interpretam e expõem, para fins de preservação, estudo, pesquisa, educação, contemplação e turismo, conjuntos e coleções de valor histórico, artístico, científico, técnico ou de qualquer outra natureza cultural, abertas ao público, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento. …
- Art. 5o , § 1o Consideram-se bens culturais passíveis de musealização os bens móveis e imóveis de interesse público, de natureza material ou imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência ao ambiente natural, à identidade, à cultura e à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira.…
- Art. 7o A criação de museus por qualquer entidade é livre, independentemente do regime jurídico, nos termos estabelecidos nesta Lei

Desta maneira é lícito e até estimulado que entidades com capacidade de aglutinar acervos, que contenham base lógica e pertinência, manifestem-se através da formação de museus.

Como setor técnico e profissional da economia da cultura, deve ser desenvolvido segundo critérios de valorização, continuidade e publicidade.

Permite o uso de incentivos fiscais como fomento, sendo ao menos necessário tratar-se de organização de natureza cultural, assim definida em seus estatutos, e que possua acervos que representem, “testemunhos materiais do homem e seus entornos”, o que significa a construção de um discurso capaz de posicionar o autor (possuidor) do acervo bem como situacioná-lo dentro de um ambiente maior onde estaria inserido.


Como se pode observer na Lei Rouanet de Incentivo à Cultura (LEI Nº 8.313, DE 23 DE DEZEMBRO DE 1991.),o fomento ao desenvolvimento museal é prioritário (art. 3º.):


III - preservação e difusão do patrimônio artístico, cultural e histórico, mediante:
a) construção, formação, organização, manutenção, ampliação e equipamento de museus, bibliotecas, arquivos e outras organizações culturais, bem como de suas coleções e acervos;

Direcionando esta experiência para um ambiente dirigido, por exemplo, ligado à indústria (ou mesmo um setor industrial e/ou uma fábrica) pode-se dizer que contextualizando a tecnologia de que é feito o produto; a historiografia de relação com as comunidades envolvidas, locais ou não; a forma de oferecimento de conteúdo através de programas de educação e a continuidade na pesquisa temática; os ambientes e descrições estéticas; faz com que tudo favoreça formas criativas e escrupulosas de extroversão do conhecimento.                                                                                                                   

Neste nível, a imagem corporativa pode ser cuidadosamente fundida e difundida como elemento incluído no contexto museal desenvolvido.

Fábio André Chedid Silvestre

NM Conhecimento

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Novos aspectos da digitalização de acervos



Dos recentes debates a cerca da digitalização do conhecimento, ao menos dois elementos basilares são comuns à todas as preocupações teóricas e práticas de implementação:

a)Recuperação do conhecimento instalado em mídias arcaicas, convertendo-se para suportes digitais (fotografia, escaneamento e transcrição, p. ex.);

b)Produção de novos conteúdos já em suportes digitais (fotografias, audiovisual, documento eletrônico, p. ex);

Com estas perspectivas a replicação do saber amplia-se em face da acessibilidade permitida pelos modelos atuais de compartilhamento em rede físicas e virtuais.


Fábio André Chedid Silvestre

NM Conhecimento

segunda-feira, 26 de março de 2012

PEACE SELLS SERGIO




Em nossa superficial memória superestimulada e saturada de informações, um grande hiato ocupa o espaço alienante deixado pela política do "onze de setembro", desde 2001.

Se as "Torres Gêmeas" ruiram porque encontraram os "Inimigos da América", a humanidade ruiu em "dezenove de agosto" de 2003, quando descobriu que era menor que a AMÉRICA.

O atentado à sede da ONU em Bagdá, no auge da ofensiva "ALIADA", deixou a maior evidência de que o mundo não têm representação, mas o capitalismo têm.

Ao assistir o enigmático documentário da HBO sobre o atentado que matou o brasileiro SÉRGIO VIEIRA DE MELLO, o Comissário da ONU para a tentativa de pacificação do território insurgente do Iraque, logo se percebe a quantas andava a máquina politica internacional.

Se o herói brasileiro no Timor Leste, preparou aquele conflituoso território, para uma plebiscito de independência da Indonésia, entre tantos atos humanitários nas duas décadas anteriores, no IRAQUE a história era outra.

Dormindo com o inimigo, estava entre a belicosidade invasora dos Norte Americanos, ávidos por petróleo e a "incrível e invisível" força denominada "Al Qaeda", que o culpava por ter desmembrado Timor (católico) da Muçulmana Indonésia.

Naquele momento sabia o quanto não tinha possibilidades de modificar o resultado de um confronto preparado para valorizar o petróleo no mercado internacional, além de alterar-lhe a propriedade brutalmente.
Todos os brasileiros deveriam assistir este documentário, sobre um homem preparado para crises humanitárias, assassinado numa crise "PETROLITÁRIA".

Quem vai pagar pela paz???!!!! Se só a guerra dá lucro.

Parabéns Sérgio Vieira de Mello, mas você e a ONU não têm importância, nós não somos tão espetaculares como as "TORRES DE SETEMBRO", um clássico da desinformação.


Fábio André Chedid Silvestre
NMConhecimento


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

A Cultura precisa da Lei Rouanet




A Lei Rouanet representa uma significativa mudança de paradigma na história da cultura nacional. Trata-se de uma legislação de fomento a atividade produtiva reconhecida no âmbito da economia da cultura, com o viés de priorizar manifestações notadamente brasileiras.

A reportagem de quarta-feira (18), desta Gazeta do Povo, edição de número 30.012, intitulada “Cultura não sabe o destino de R$ 3,8 bi da Lei Rouanet”, traz algo relevante: um relatório crítico que possibilitará o aperfeiçoamento do sistema, que hoje apresenta grande dificuldade operacional, beirando a ineficiência.

Algo que vem a corroborar com o que representa esta legislação à Cultura está na ampla procura pelo incentivo, o que demonstra que ela é exitosa em seus objetivos, além de ser o espaço onde o Estado, sem o dirigismo cultural, estabelece meios de fomento econômico da cultura nacional.   

O atual gargalo está no Ministério da Cultura que, sendo o agente credenciado a esta mediação com a sociedade, hoje se encontra com grandes dificuldades estruturais para cumprir sua função, tanto nos mecanismos de avaliação quanto na quantidade e qualidade dos profissionais disponíveis, ainda que se possa observar uma boa intenção. Além disto, nota-se uma evidente superficialidade e cartorialismo nas ações desenvolvidos pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura, que valida os projetos que foram avaliados pelos técnicos do Ministério da Cultura e autorizam a realização dos projetos.

Um dos problemas apontados na matéria está na deficiência de metodologia de enquadramento dos projetos culturais, mais exatamente nos segmentos estabelecidos na lei, que implicam em favorecimento a projetos com capacidade comercial própria e que por sua vez não precisariam dos incentivos, em prejuízo àqueles que são da própria essência da Lei, como patrimônio cultural e a publicação de livros que tem sofrido injustas restrições.

O modelo propiciado na Lei em questão é importante em dois sentidos, primeiro porque submete os projetos interessados a uma avaliação de perspectiva cultural, que pode validá-lo como algo valioso para o conjunto da cultura nacional, o que na prática seria como uma certificação, independente até mesmo do recebimento do incentivo. E em um segundo plano permite a aproximação entre o produtor cultural e a iniciativa privada na constituição de uma visão de atendimento para uma clientela cultural própria.

Então, aumentar a eficiência do Ministério da Cultura em suas funções de enquadramento, avaliação e tomada de contas é urgente, assim como um maior esclarecimento para o empresariado nacional das virtudes promocionais da Lei Rouanet, tanto em relação ao produto cultural brasileira quanto da imagem coorporativa a ele vinculado.

Fábio André Chedid Silvestre
NMConhecimento