quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Não queremos crescer, somos a anti-China!



Agora, nos estertores de 2015 o Brasil bate seu recorde mais paradoxal, o de arrecadação tributária.
Dois trilhões de reais, para duzentos milhões de habitantes. Dez mil reais por pessoa anual, se a carga fosse isonômica e o despêndio, idem!

Temos o recurso, mas é totalmente mal gerido e mal distribuído (a Federação fica com 75%, os Estados com 15% e os municípios com 10%).

Mas nada neste país é equilibrado, daí seu fracasso como Nação, nacional e internacional.
Em primeiro lugar, não se trata de não sabermos como.
Em segundo, não se trata de não podermos, material e moralmente.
Em terceiro, apenas não queremos, nunca quisemos!

Como não existe o Brasil, mas brasis, todos mandam e ninguém obedece.
Do mais pobre ao mais rico, não há respeito ao pacto constitucional, cada um vive sua vida e se defende como pode. Não somos brasileiros, apenas nós mesmos.
Do mais "sábio" ao mais "tolo", todos podem ser carregados para o mesmo curral e acreditarem nas mesmas coisas, enquanto tudo permanece perdido. Década por década.
A maior carga tributária desproporcional do mundo, os maiores juros reais do mundo, a moeda mais podre e mais valorizada do mundo, os maiores desperdícios do mundo (água, capital e tempo), vícios de um histórico exportador de comodities e importador de modas.

Na visão dos "investidores internacionais", o rebaixamento econômico do Brasil é moral, opções equivocadas:

"Ás vezes se diz que manter um estado de bem-estar social é uma doença de homem rico, mas o Brasil é uma caso perfeito disso sem ter a renda de um homem rico. Para sustentar um governo de grandes proporções , o Brasil aumentou impostos e agora tem uma carga fiscal que equivale a 38% do PIB, a mais alta no mundo emergente e muito semelhante a cargas fiscais em estados de bem-estar social social europeus desenvolvidos, como a Noruega e a França. Essa pesada carga de impostos -pessoais e corporativos imposta a um país relativamente pobre, significa que os empresários não tem dinheiro para investir em novas tecnologias ou treinamento e isso, por sua vez, significa que a indústria não está ganhando eficiência. Entre 1980 e 2008, a produtividade brasileira cresceu a uma taxa anual de perto de 0,2%, enquanto na China foi de 4%. Essa diferença reflete o fato de que a China estava não apenas pondo mais pessoas para trabalhar em fábricas e investindo pesadamente em melhores equipamentos e melhores estradas para distribuir os produtos das fábricas, mas também descobrindo como fazer trabalhadores e máquinas trabalharem de forma mais eficiente. Ao longo do mesmo período, a produtividade na Índia cresceu perto de 3%, e na Coréia do Sul e na Tailandia esteve perto de 2% - uma grande razão de hoje serem três reais ou potenciais nações em ascenção, enquanto o Brasil não é." (Os Rumos da Properidade, Ruchir Sharma. Elsevier. 2011)

Mas o Brasil não quer crescer, apenas manter a estabilidade populista!
Claro, se Deus é  brasileiro e estamos no sétimo dia da Criação, por que deveríamos fazer mais do que descansar?

É que a "baixa taxa de investimento não conduz apenas a terríveis ineficiências. Também significa que a economia pode aquecer a uma taxa muito baixa de crescimento. Se a cadeia de suprimento de uma nação é construída a partir de fábricas envelhecidas e estradas esburacadas, o suprimento não pode acompanhar a demanda, e os preços sobem . Se a nação investe muito pouco em suas escolas e esta produzindo número muito pequenos de trabalhadores bem qualificados então os salários subirão"(idem), tudo leva à nova inflação.

E o Agronegócio? Como consegue manter-se competitivo a níveis mundiais?
Cultura, tecnologia, determinação e necessidade! 

Inútil, em um Estado Pombalino de Economia Populista com esta Nação Conformista!

Bomba Relógio!

Feliz Ano Novo!

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