sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

COMUNICAR É MAIS QUE DIVULGAR.



Analisando alguns cases em que estamos trabalhando, frequentemente econtramos observações a cerca dos processos de formação de conhecimento de terceiros sobre o que estamos fazendo.
Muitas das vezes, há uma clara confusão entre assessoria de imprensa (divulgar) e assessoria de comunicação (comunicar).

A primeira de visão mais pragmática e objetiva e a outra de visão mais planificante e contenedora da primeira.

Daí, lendo o excelente texto "Redes digitais e movimentos sociais: perspectivas", de autoria de Maria Luiza Martins de Mendonça, no Observatório da CiberSociedad, encontramos um momento escrito, onde se percebe clara a preocupação sobre a diferença entre COMUNICAÇÃO e DIVULGAÇÃO, assim expresso:

"Em relação à Internet, em geral utilizam-se apenas os recursos mais simples, sem um projeto específico que preveja a exploração eficiente das potencialidades dos espaços virtuais. Mesmo um simples mailing atualizado e devidamente segmentado é difícil de ser encontrado. A construção de sites parece ser compreendida como um importante recurso para atingir públicos diferenciados, mas sua atualização, a conexão com similares e as possibilidades de interação efetiva são pouco empregadas. Rede, nesse caso, refere-se mais à noção de fluxos de informação ou existência de conteúdos disponíveis do que propriamente de uma rede de comunicação em que a possibilidade de interatividade seja um fato concreto e conduza à construção de saberes e ao compartilhamento de objetivos."

O foco da questão encontra-se justamente na perenidade em que se pretende construir o relacionamento com o outro, seja a imprensa, seja uma bem extensa e mapeada rede de stakeholders, a serem atendidos por ações de Terceiro Setor.

A questão pontual encontra-se no fato da formação de uma rede de conhecimento ou numa simples ação de reconhecimento. No primeiro caso é necessário um amplo processo de comunicação participativa, no segundo caso talvez uma simples nota divulgada em veículos de penetração passiva, seja suficiente.

A comunicação é, no Terceiro Setor, uma das mais importantes ferramentas de formação de ativos, pois a dependência da adesão voluntária e do reconhecimento de valores supera a simples oferta capitalista remunerável de produtos indistintos.

Como bem lembrado, COMUNICAR é mais do que DIVULGAR.
Fábio André Chedid Silvestre
NMC - Núcleo de Mídia e Conhecimento






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