quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O Fechamento do Primeiro Ciclo Genético: a Globalização





Das imagens mais marcantes da posse de Obama, a que chamou mais a atenção foi a da aldeia africana onde nasceu o pai do presidente, no Quênia.
Se estabelecermos uma linha de movimentação migratória, ela começa justamente no coração do continente africano, de onde teriam iniciado a jornada global os primeiros humanóides ancestrais do homem.
Se atarmos os nós, temos como matriz genética do novo homem forte da nação mais poderosa do planeta um procedente genético direto da África Mãe, e que agora ocupa o centro de poder do topo mundial, onde até bem pouco tempo os brancos "genéticamente puros" de Washington e Wall Street pensavam-se distantes do início dos tempos humanos, planejando colonizar Marte enquanto autorizavam a destruição da Terra.
É certo que este fechamento de ciclo, tanto o da jornada negróide de nosso DNA original, como o da falência absoluta do modelo exploratório exauriente capitalista encontram-se ocupando a mesma cadeira.
Se o destino quis nos premiar com esta convergência, agir em redes sem preconceito étnico e com sustentabilidade econômica global nos permitirá novamente reconstruir o "Jardim do Éden", a imagem retora ancestral do paraíso, que domina o imaginário de todos aqueles que esqueceram-se de que a jornada não nos diferenciou, mas de uma vez por todas nos tornou uma única espécie, mestiça e global.
A globalização é antes de mais nada um fenômeno genético, LUCY globalizou-se no planeta.
Então todo o planeta Terra é adequado aos nossos genes, devemos agora entender se nossos genes são adequados ao planeta!?.


Fábio André Chedid Silvestre
NMC Núcleo de Mídia e Conhecimento

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Eventos de Governo Eletrônico em 2009


(clique na imagem)

Neste ano de 2009 o tema Governo Eletrônico mantém sua qualidade e importância na pauta de eventos de caráter científico, corporativo e comercial, assim é oferecido um cenário básico de onde se pode extrair informações e acompanhamento dos debates.

Segue lista não exaustiva, as informações sem link são eventos paralelos dos promotores:

Evento sobre Padrões de Interoperabilidade Semântica e Ontologias para Integração dos Sistemas Legislativos da América Latina
3ª Reunião do Consórcio Teclin, para constituição da Catedra Unesco
V Congresso Científico do Projeto Ontojuris.
V CONEGOV
38a. JAIIO
ASAI 2009 Simposio Argentino de Inteligencia Artificial;
ASSE 2009 Simposio Argentino de Ingeniería de Software;
AST 2009 Simposio Argentino de Tecnología;
HPC 2009 High Performance Computing;
JII 2009 Jornadas de Informática Industrial;
JSL 2009 Jornadas Argentinas de Software Libre;
JUI 2009 Jornadas de Vinculación Universidad-Industria;
SAI 2009 Simposio de Agroinformática;
SID 2009 Simposio Argentino de Informática y Derecho;
SIE 2009 Simposio de Informática en el Estado;
SIO 2009 Simposio Argentino de Investigación Operativa;
SIS 2009 Simposio Argentino de Informática y Salud; -

Outros eventos que não estejam nesta listagem podem ser enviados para este espaço através dos comentários.
Acompanhe a Lista de Eventos Científicos Internacionais - ICISC 2009

Fábio André Chedid Silvestre
NMC Núcleo de Mídia e Conhecimento

QUANTAS MARCAS DEIXAMOS NO PLANETA!?!?



Se estivéssemos falando de nossas melhores virtudes, obras, legados, filhos, trabalhos e memórias, teríamos certeza de quanto lixo e resíduos produzimos para constituí-los?
A nossa bela e confortável vida, individual e coletiva estabeleceu os maiores padrões de consumo e a conseqüente degradação do meio ambiente em todas as eras biológicas conhecidas.
Ainda que o próprio planeta tenha seus ciclos geológico-climáticos, e alocado dentro de um universo maior, que as vezes provoca cataclismos capazes de alterar a normalidade ambiental de então, temos hoje no modelo econômico vigente uma forma de alteração de padrões ambientais jamais provocada por uma única espécie de ser vivo. Um tipo de cataclismo silencioso.
Tudo o que cada um de nós produz hoje, incrementa, mais ou menos, o processo geral de degradação global, acima dos níveis de recomposição natural dos sistemas.
Mas e daí, nos perguntamos? Como saber onde exatamente as minhas decisões de produção e consumo podem impactar o ambiente e como poderia minimizar isto a níveis aceitáveis?
Certamente a resposta se inicia em nós mesmos!!!.
O quão educado e preparado para mudar meus padrões e hábitos de consumo eu estaria, independentemente do que viesse a ser?
Deixaria meu carro na garagem mais vezes ao longo da semana e até escolheria um, exatamente pelo critério de consumo de combustível?
Faria uma coleta mais seletiva do lixo que produzo por onde passo?
Escolheria mudar os produtos que consumo em minha alimentação, higiene e bem estar?
E faria mais?
Controlaria rigorosamente a quantidade de água que consumo?
Controlaria rigorosamente a quantidade de resíduos que produzo?
E me comprometeria em repassar uma pedagogia ambiental a todos quantos pudesse, coletivizando a responsabilidade pela busca do equilíbrio?
Como na verdade cada um de nós é um ser livre, somente o senso crítico e o conhecimento podem nos ajudar a intuir e compreender os limites de nossa responsabilidade.
Mas especialmente, não estamos e nem vivemos sós, e o peso da liberdade é o peso dos resíduos e da deterioração ambiental. Muitas vezes o peso é justamente a falta do que pesar. Quando a água acaba, quando o alimento escasseia, quando o tecido social se deteriora. Nada mais resta.
De tudo isto, o certo é que devemos pensar em geral, mas agir no local, e se a cidade é nossa casa, mãos a obra, temos muito por aprender e mais ainda por fazer.
Busquemos descobrir quantas pegadas deixamos no planeta enquanto passamos por onde pisamos. Mas sejamos prudentes e iniciemos em casa processos de melhoria do consumo e destinação de resíduos. É obrigação de cada um.
Assim como nossa liberdade, os resíduos que produzimos não nos abandonam, ainda que levados para longe. Mas os resíduos que retornam como poluição, acabam imediatamente com nossa liberdade. E nós, somos livres para cuidar de nosso lixo!!!!!!!!!!!!?


*Calcule a sua pegada ambiental e supreenda-se!!!


(www.ufbaecologica.ufba.br/arquivos/questionario_pegada_ambiental_Final.pdf -)

*Texto produzido à propósito da palestra do Dr. Uwe Spanger -“As empresas no caminho para a sustentabilidade. Instrumentos praticados para gerar produtos ambientalmente mais corretos." (uspanger@terra.com.br), na Câmara de Comércio Brasil-Alemanha em 20/08/08.


Publicado originalmente no site de campanha do Vereador Omar Sabbag Filho (empossado em 01/01/09)


Fábio André Chedid Silvestre


NMC - Núcleo de Mídia e Conhecimento

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Deus Provavelmente Não Exista, mas ELE é!


Na edição do dia 11/01/09, da Gazeta do Povo, no Caderno Mundo, uma reportagem interessante recuperou um tema que já vinhamos debatendo a tempos: "Deus existe?" e “É possível ser ateu?”.
O título, "Uma campanha contra Deus", aborda a campanha publicitária que desde o final do ano passado é divulgada na área de merchandising dos ônibus da capital inglesa, de autoria da roteirista Ariane Sherine.
O slogan “There´s Probabily no God – Now stop worryng and enjoy your life”, provoca a idéia de um ateísmo reinante no século 21, onde ninguém precisa submeter-se necessariamente a processos religiosos teístas.
Contudo a questão é mais profunda, ser ateu significa o que exatamente?
Não acreditar na existência de Deus, não acreditar em Deus, ser contra Deus ou não possuir uma religião de adoção?
Quaisquer destas alternativas são simplesmente relativas e aproximativas, ainda que conscientemente adotadas pelo ser humano.
Certamente resulta do pensamento linear de que Deus está inexoravelmente ligado ao sagrado, ao religioso, ao místico, ainda que possa estar.
Mas como provar que Deus não existe, ou agora, provavelmente não exista?
Impossível, porque incrivelmente Ele existe!
As coisas vistas de um ponto inadequado levam aos falsos dilemas e às falsas premissas.
Primeiro, nenhuma religião existente passada ou presente detém Deus exclusivamente, apenas pode Dele se utilizar para sistematizar seus fundamentos, mas isto não prova sua existência, nem sua não existência.
Segundo, quando falamos de Deus, na verdade falamos de deuses, já que Ele não tem sido necessariamente único, ainda que os monoteístas tenham reduzido o senso de deidade ao vocábulo Deus, confundindo-se assim conteúdo e continente (nas culturas históricas as divindades tinham vários nomes, origens e atribuições, coisa hoje absorvida no cristianismo pelos Santos).
Terceiro, uma contínua tentativa de provar a existência de Deus através de provas materiais, como se provariam as demais coisas existentes.
Assim, provar a existência de Deus exigiria sua prova física, química e matemática (coisa fácil de resolver, basta considerá-lo o todo que existe no universo, sendo cada elemento sub-atômico uma partícula Dele, embora para muitos não baste).
Mas a coisa é bem simples. O Homem é um ser cultural, e o próprio debate sobre a “existência” de Deus se dá no seio das culturas, como neste movimento publicitário londrino.
Contudo, sugerimos apenas que sejam observadas algumas premissas básicas.
Deus é onipotente, sendo o causador do que acontece e do que não acontece.
Deus é onipresente, está em todos os lugares ao passo de não estar em lugar algum.
Deus é onisciente, sendo o tudo e o nada.
Deus é o amor e a punição, sendo bondoso e severo.
Deus é a causa das maiores virtudes e das maiores ignomínias do ser humano.
Deus é assim, piedoso e justo, ao mesmo tempo em que é dual e contraditório, pois existe e não existe.
Deus é assim por um simples motivo antropológico, é um arquétipo completo.
O Homem sempre constituiu Deus nas fronteiras de seu escasso conhecimento. Quando não sabemos o que vem logo adiante oramos pela graça e proteção de Deus, e quando descobrimos, agradecemos ou culpamo-lo pela adequação ou não da realidade aos nossos interesses.
Na verdade não interessa, como sempre, Deus é o que queremos que Ele seja.
Assim, cada Homem em verdade tem o seu próprio Deus arquétipo-cultural, ainda que muitos pretendam compartilhar e coletivizar sua percepção Dele, daí as religiões.
E outros pretendam dele afastar-se, daí o ateísmo.
A questão é bem simples, Deus existe simplesmente porque idealizamos e falamos Dele, em suas diversas possibilidades (... hoje sete bilhões de possibilidades ou mais).
Não há como provar sua não existência, pois cada vez que falamos Dele passa a existir, seja lá em que nível do córtex se encalacre.
Assim, a Antropologia, ciência donde Deus vem sendo provado como invenção do imaginário cultural do Homem; a Psicanálise onde ele se realiza enquanto pulsão e ética; e a História onde ele se realiza enquanto fato social, provam ser impossível arrancar Deus de nossa mente coletiva.
Ele simplesmente existe porque o mencionamos mentalmente e vocabularmente.
É impossível ser ateu, pois não é possível arrancá-lo do saber arquetípico adquirido. Embora possamos Dele se desvencilhar enquanto ferramenta psíquica e social de realização de nosso ser místico-político, talvez a isto se refira a campanha publicitária londrina.
Deus não é de ninguém, mas é de todos.
Sejamos livres para percebê-lo em nosso viver íntimo, respeitando seus aspectos de identidades sociais múltiplas.

Fábio André Chedid Silvestre
Núcleo de Mídia e Conhecimento